O ECP e São Paulo, uma antiga
Como o Clube vem se relacionando com a cidade ao longo do tempo
A relação do Clube com a cidade tem uma história que já ultrapassa os 125 anos, pois começou a ser escrita com a vinda de Hans Nobiling para o Brasil e seu empenho na fundação do S. C. Germania, em 1899, e no desenvolvimento do Futebol em São Paulo.
O ECP esteve presente na fundação da Liga Paulista de Futebol, em 1901, e posteriormente participou também da fundação de federações de outras modalidades esportivas, demonstrando desde cedo sua vocação para a formação multidesportiva.
De meados do século XIX até as primeiras décadas do século XX, a cidade de São Paulo viveu um processo de intensas mudanças. Com o sucesso da cultura cafeeira, a cidade transforma-se em centro econômico e sua população, constituída por imigrantes europeus, negros recém-libertos e os próprios paulistas, procurava adaptar-se à nova realidade.
O Futebol chegou ao Brasil no final do século XIX, trazido por imigrantes europeus, especialmente ingleses, italianos, portugueses e alemães, que tiveram um papel fundamental na sua introdução e popularização, principalmente em São Paulo. Nesse contexto, Hans Nobiling se destacou como um dos pioneiros do esporte que, com o tempo, se tornaria a grande paixão nacional.
A criação da Liga Paulista de Futebol e a organização do primeiro campeonato rapidamente tiraram o Futebol do anonimato para se tornar um dos eventos sociais mais concorridos da cidade, atingindo todas as camadas sociais e estimulando também o chamado “futebol de várzea” Assistir a um “match de football” se tornou um dos programas favoritos da juventude paulista.
O Clube foi pioneiro também na urbanização da cidade. Durante seus primeiros vinte e um anos de vida, quando ainda não possuía uma sede própria, realizou suas atividades esportivas e sociais em espaços alugados em endereços diversos do centro de São Paulo, campos do Bom Retiro e também no Parque Antártica.
A compra do terreno na Chácara Itaim, em 1920, foi uma decisão ousada que recebeu muitas críticas. O local era isolado e alagadiço e o rio Pinheiros fazia uma grande curva dentro da área do Clube até ser canalizado e retificado, em uma grande obra que durou entre 1927 e 1957. Na época era difícil imaginar o desenvolvimento e a valorização imobiliária que seriam vistos na região nos dias atuais.
No Réveillon de 1957/58 o Pinheiros inaugura seu Salão de Festas com uma imponente marquise que, no entanto, dura poucos anos, sendo demolida em 1969 para ceder espaço para a abertura da avenida Brigadeiro Faria Lima.
E nessa relação de transformação e desenvolvimento mútuos, essa história continua e se amplia para afinal contribuir com a história do próprio País, quando olhamos para este oásis verde em meio ao concreto ou quando olhamos para tantos campeões olímpicos que daqui partem para os pódios.