COP-16 foi oportunidade para mostrar atuação do MS no combate às mudanças climáticas e programas de biodiversidade
“A COP-16 foi uma oportunidade para Mato Grosso do Sul mostrar suas políticas na área de mudanças climáticas e estratégias para preservar a biodiversidade”. A afirmação foi feita hoje (25) pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, ao fazer um balanço da participação do Governo do Estado na 16ª edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-16).
As políticas públicas na área de mudanças climáticas e a biodiversidade foram apresentadas no evento pelo titular da Semadesc. Nesta semana. ele discorreu sobre temas como a atuação do Governo do Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios florestais, o trabalho do GRETAP e o papel do CRAS na preservação de animais, entre outros assuntos.
Os programas de energias renováveis, Carbono Neutro, recuperação de solos, programa de Pagamento sobre Serviços Ambientais e Águas também foram debatidos pelo secretário que participou de dois painéis de importância no evento.
A primeira participação foi em um workshop que discutiu a vinculação entre mudanças climáticas e políticas de biodiversidade. Na ocasião ele apresentou o case do Mato Grosso do Sul desde o foco na área do carbono, como também todo o problema da redução da biodiversidade principalmente em função das queimadas.
“Tivemos a oportunidade de explicar um pouco como foi a atuação diante dos incêndios florestais e o trabalho do GRETAP assim como o próprio papel do CRAS nesta questão da preservação dos animais. Discutimos um pouco a adequação de estradas em termos de infraestrutura onde mostramos os custos disso e o impacto de atropelamentos de animais e redução de biodiversidade. Focamos também na questão da invasão de espécies exóticas, seja na área de peixes como na parte da fauna e flora que são importantes de serem discutidos”, destacou o secretário.
Durante o evento ele também debateu a construção da Lei do Pantanal. “Tivemos vários debates sobre estratégias para criar uma Lei em cima dos biomas, assim como foi a construção da lei do Pantanal”, acrescentou.
No segundo painel, Verruck destacou que foi tratada a questão das Emergências na Biodiversidade. O painel foi conduzido pelo grupo técnico da Abema que é a entidade que congrega todas as entidades do meio ambiente do Brasil.
“Trouxemos para a pauta uma agenda da biodiversidade, onde estas se complementam e onde elas são convergentes. A ideia é que além da questão da mudança climática e do Crédito de Carbono se olhe também para a biodiversidade”, afirmou Verruck.
A questão das águas também foi debatida na COP-16 pela delegação de MS, com a participação da superintendente Ana Trevelin. “Debatemos a questão das águas, que é um recurso primordial dentro do processo de mudança climática, esse olhar estratégico para a água sob ponto de vista de qualidade e de preservação de nascentes, de águas subterrâneas”, pontuou.
“Foi uma grande satisfação entender que Mato Grosso do Sul tem um conjunto de políticas públicas capazes de dar suporte a esses grandes acordos internacionais, seja na área da mudança climática, na área da biodiversidade e na área do crédito de carbono”, concluiu.
Tecnologia canavieira
O Secretário Jaime Verruck juntamente com o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Energia de Mato Grosso do Sul), Amaury Pekelman, ainda visitou um Centro de tecnologia e pesquisa para cana na Colômbia. “O país possui uma produção de etanol e açúcar significativa e fomos conhecer como eles trabalham a sustentabilidade vinculada a produção de cana.
No local eles puderam conhecer a chamada “cana biodiversa”, tecnologias para recuperação de solos, e os corredores ecológicos onde colhem mais de 256 mil hectares de cana.
Na visita eles ainda conheceram um projeto que garante uma rede de meteorologia direta para os produtores. “Cada produtor recebe um controle de meteorologia. Isso cria uma camada de avaliação sobre o ponto de vista meteorológico fundamental para que eles façam a gestão das águas e de desenvolvimento de variedades adequadas para aquela estrutura. O que vimos aqui é um modelo que podemos levar para o Mato Grosso do Sul em integração com o setor canavieiro”, concluiu.
Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc
Fotos: Arquivo Pessoal