Agência Minas Gerais | Unimontes oferece atendimento especializado a pacientes com esclerose múltipla
Em meio à campanha “Agosto Laranja”, dedicada à conscientização sobre a esclerose múltipla, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) oferece atendimento especializado a pacientes acometidos por essa enfermidade e outras doenças raras, em Montes Claros, no Norte de Minas.
A iniciativa é da Liga Acadêmica de Neurologia e Neurofisiologia (LAN), um projeto de extensão que reforça o compromisso da universidade com a promoção da saúde e o aprimoramento técnico-científico dos estudantes de medicina da instituição. O objetivo é fornecer suporte diagnóstico e terapêutico gratuito a pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde março de 2023, os atendimentos são realizados no Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves (Caetan), vinculado ao Hospital Universitário Clemente de Faria (HU-Unimontes), e contam com a supervisão direta do médico neurologista e neurofisiologista Luís Fernando Guimarães, coordenador do projeto de extensão.
“Os atendimentos são realizados por intermédio do SUS, assegurando aos pacientes o acesso ao tratamento integral, incluindo medicamentos de alto custo”, afirma o médico. “Todo esse sonho se iniciou em 2016 e, após 8 anos, é uma grande satisfação viver toda essa realidade”, relata.
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma patologia neurológica crônica e autoimune, caracterizada pelo ataque do sistema imunológico ao sistema nervoso central, resultando em lesões cerebrais e medulares.
De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, aproximadamente 40 mil brasileiros são afetados pela doença, que incide predominantemente em adultos jovens, especialmente mulheres, na faixa etária entre 20 e 30 anos. Os sintomas são diversificados, podendo incluir fraqueza muscular, perda visual, instabilidade ao caminhar, entre outros.
O diagnóstico da doença requer uma avaliação detalhada realizada por um neurologista experiente, complementada por exames como a ressonância magnética e a análise do líquor. Embora a cura para a doença ainda não seja viável, o tratamento precoce, disponibilizado pelo SUS, busca estabilizar a condição do paciente, assegurando uma melhor qualidade de vida.