Saiba mais sobre os nossos hexacampeões mundiais – LNF
Marquinhos Xavier: Nascido em Lages, Santa Catarina, o técnico da Seleção Brasileira de Futsal ganhou projeção nacional no Marechal Rondon, no Paraná. Foi na Associação Carlos Barbosa de Futsal que viveu momentos importantes como conquistar três Libertadores. Chegou a Seleção Brasileira em 2017, viveu o ciclo de 2021 sendo bronze na Copa do Mundo da Lituânia vencendo o Cazaquistão. Marquinhos seguiu à frente da Seleção comandando todo o clico de 2024. Xavier tem uma estatística impressionante: contra a Croácia completou 100 jogos, com 88 vitórias, 8 empates, 8 derrotas, 10 títulos conquistados. No domingo, ele levou o Brasil ao título com um campanha invicta.
Marlon: Começou no futsal aos 16 anos. Natural de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, foi numa cidade próxima que ele começou a se realizar na modalidade. Seu primeiro clube foi o Cepe (Clube dos Empregados da Petrobras) em Canoas (RS). Em seguida, ele foi para o ULBRA, que também é em Canoas. Após essa passagem pela ULBRA, Marlon ingressou em clubes mais renomados, como o Vasco e a Associação Carlos Barbosa de Futsal, onde ficou por cinco temporadas. Lá se destacou e teve sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, em 2016. Atuou no Movistar Inter e no Palma, na Espanha. Atualmente, defende o El Pozo. A Copa do Mundo no Uzbequistão foi o segundo mundial da carreira. Além do hexa, ele ganhou a chuetira de prata ao ser eleito o segundo melhor da Copa do Mundo.
Guitta: São quatro Copas do Mundo no currículo. Um feito que poucos conseguem. Foi eleito melhor do mundo em 2021. Nessa trajetória de 14 anos com a Seleção, foi campeão do mundo em 2012 na Tailândia, o primeiro Mundial que disputou. Thiago Mendes Rocha, o Guitta, é nascido em Ribeirão Pires e criado em Mauá, Região Metropolitana de São Paulo. O camisa 1 da Seleção deu os primeiros passos no futsal numa escolinha na cidade natal. Aos 18 anos, foi aprovado em um teste em Orlândia, interior paulista, onde se tornou ídolo ao longo de nove temporadas no Intelli. Esse momento o projetou à Seleção Brasileira. A primeira convocação foi em 2011, depois de participar de uma clínica de goleiros com objetivo de observar possíveis selecionáveis para próximas convocações da Seleção. No mesmo ano foi convocado para a Copa América na Argentina.
A trajetória de Guitta inclui quatro temporadas no Corinthians, cinco no Sporting, de Portugal e está indo para a segunda temporada no Ukhta, da Rússia. Mas é pelas memórias da Seleção que o camisa 1 guarda um carinho especial .
Marcel: O Mundial no Uzbequistão foi o primeiro na carreira de Marcel e ele brilhou! Além de faturar a taça de campeão do mundo, terminou a competição como artilheiro isolado e líder no ranking de assistências. A história de Marcel na modalidade começou aos 4 anos, por incentivo de seu pai. Foi aprovado para o Luso Brasileiro na categoria que chamava Chupetinha. Marcel se dividiu entre futebol de campo e futsal, mas aos 13 anos escolheu a quadra. Jogou no Corinthians. Conquistou a Liga Nacional e foi para Sorocaba.
O sonho de jogar fora do Brasil levou Marcel ao Movistar Inter na Espanha. Apesar de ter vivido um período desafiador, ele conquistou seu espaço no El Pozo há cinco anos. Sua estreia na Seleção Brasileira foi em 2016, em Sorocaba, contra o Paraguai.
Marcenio: Nascido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Marcênio começou a jogar futsal aos 6 anos. Seu avô colocou numa escolinha e ele não parou nunca mais. Marcênio começou no Geração 2000, a primeira escolinha de futsal. Mudou para o futebol de campo aos 13 anos e retornou ao futsal com 18, experiência que permitiu aprimorar habilidades. Sua jornada no futsal teve passagens em clubes como o Colégio ABC, Santa Fé do Sul e Carlos Barbosa.
Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira de Futsal veio em 2010 e foi um sonho realizado, um reconhecimento de seu trabalho. Campeão da Copa América, vencida em fevereiro deste ano, teve como umas das maiores realizações de vida estar na Copa do Mundo do Uzbequistão. Após dois ciclos de preparação para mundiais anteriores, Marcênio não integrou as listas finais mas a espera valeu a pena. Se tornou hexacampeão em seu primeiro mundial disputado na carreira.
Willian Dorn: Willian foi um verdadeiro paredão na Copa do Mundo do Uzbequistão. Eleito o Melhor Goleiro do Mundo de 2023, ele se destacou em todos os jogos do Mundial. Na cerimônia de premiação, ele ganhou a luva de ouro do Mundial. A conquista representa o auge de uma carreira repleta de desafios e conquistas. Foi a conclusão de um “grande ciclo” em sua carreira.
A trajetória de Willian no futsal é marcada por uma evolução impressionante. Começou no esporte inspirado por um tio que o levava aos treinos. Não se considerava muito bom como jogador de linha e decidiu ir para o gol. Willian se tornou ídolo no Joinville ao longo de 11 temporadas. Com a Seleção Braisleira, viveu momentos marcantes da sua carreira. A primeira convocação para a seleção Sub-20 em 2014 e o título de campeão sul-americano foram momentos decisivos. Além disso, a convocação para a Copa do Mundo na Lituânia e a vitória na Copa das Nações, em Sorocaba, destacam-se como experiências inesquecíveis para ele.
Roncaglio: Nascido em Blumenau (SC), Diego Roncaglio começou no futsal aos sete anos de idade, no AD Hering. Ficou por 10 anos até se tornar profissional. A trajetória de Diego Roncaglio inclui 2 anos no Jaraguá, quatro temporadas no Blumenau, dois anos no Joinville e uma breve passagem no Guarapuava. Recebeu uma proposta do Kairat, do Cazaquistão e ficou por duas temporadas até se transferir para o Benfica, de Portugal, onde ficou aproximadamente cinco anos. Foi quando estava no clube português que Roncaglio foi convocado pela primeira vez para Seleção Brasileira, em 2019, num torneio contra a Espanha
Um dos títulos mais importantes da carreira do goleiro Roncaglio com a Seleção foi a Copa América em 2024. A Seleção Brasileira foi campeã continental depois de vencer os argentinos por 2 a 0.
Roncaglio nas duas últimas temporadas esteve no Anderlecht, da Bélgica. Melhor goleiro da temporada belga, ele não foi liberado pelo Anderlecht para se apresentar à Seleção Brasileira e dar início à preparação para a Copa do Mundo do Uzbequistão. Por isso, decidiu pagar 20 mil euros, aproximadamente R$ 123 mil, para representar o Brasil no mundial.
Leandro Lino: Nascido em Francisco Morato, região metropolitana de São Paulo, Leandro se destacou em um campeonato interno da cidade aos sete anos. O talento chamou atenção de um treinador da cidade de Caieiras. Leandro fez seu primeiro teste e foi aprovado no Serc de Caieiras. Assim começou sua maratona no futsal. Lá ficou dos oito até os doze anos. Depois dessa fase, Leandro teve a oportunidade de jogar no Barueri, onde dividiu sua dedicação entre futsal e futebol de campo.
Depois de mais uma passagem pelo Serc de Caieiras, foi para o Círculo Militar, onde permaneceu até o sub-17. Foi o treinador Biel, na época no sub-20 do Corinthians, que o convidou para integrar o clube paulistano. Em 2016, Lino passou a integrar o profissional do clube. Foi naquele ano convocado para a Seleção Brasileira. Sua primeira experiência foi em um jogo decisivo contra a Argentina, pela final da Copa América em 2017, onde o Brasil conseguiu uma virada histórica. Lino já havia conquistado o bronze no mundial da Lituania e agora realizou o sonho de ser campeão mundial.
Neguinho: João Victor, conhecido no futsal como Neguinho, é um exemplo inspirador de determinação e superação. Foi nas ruas e em quadras públicas perto de casa que ele deu os primeiros passos no futsal. Nascido e criado na comunidade Miliunas, em São Paulo, Neguinho conta que foi na escola, quando tinha 14 anos, que o talento chamou a atenção de Marcelo, um professor de Educação Física. Foi indicado e aprovado para um teste no Clube Esportivo da Penha. O atleta sempre exalta a importância da sua mãe como apoio para não ter desistido da modalidade. Mesmo como doméstica, ela investia o pouco que sobrava na carreira do filho.
Promissor, Neguinho recebeu dois convites para o time de futsal do Corinthians mas resolveu ir para o campo. Foi para o Juventus, da Mooca, onde jogou o Campeonato Paulista. Foi bem no sub-20 mas, quando recebeu o terceiro convite para o Corinthians, ele aceitou e voltou para o futsal.
Sua trajetória ganhou novos rumos quando foi convocado para a Seleção Brasileira. Entre seus títulos mais marcantes estão a Copa América e a Olimpíada da Juventude de 2018, conquistas que representam seu esforço e dedicação.
Rafa Santos: De operador de empilhadeira a jogador da Seleção Brasileira de Futsal. A história de Rafa Santos é cheia de surpresas. Foi dele um dos gols da Seleção na final emocionante contra a Argentina no domingo.
Na infância, ele jogou futsal no clube da cidade. Ficou nas quadras até os 11 anos, quando optou por jogar futebol de campo. Com 18 anos parou, voltou para casa e começou a trabalhar. Foi auxiliar de almoxarifado numa empresa durante um ano, trabalhou de operador de empilhadeira também. E nesse período começou a jogar futsal de noite em São Bernardo, no clube do Mesc.
Recebeu uma proposta melhor e foi para Ribeirão Pires até ser convidado para um teste no Corinthians. Foi aprovado mas a fase no clube paulista durou seis meses. Quando estava entregando currículo para trabalhar recebeu o convite para o São Paulo. Rafa se destacou e seguiu firme na modalidade. São mais de dez anos de carreira no futsal com passagens por São José, Magnus, Carlos Barbosa, e Nagoya Oceans, no Japão, atualmente o pivô joga pelo ElPozo da Espanha.
Na primeira convocação para a Seleção Brasileira, Rafa estava no Carlos Barbosa. O primeiro amistoso com a camisa da Seleção Brasileira foi em Sorocaba (SP). Rafa viveu o primeiro mundial no Uzbequistão e na estreia na competição já subiu no ponto mais alto do pódio.
Lucas Gomes: Lucas começou nas escolinhas de Água Funda, Zona Sul de São Paulo, bairro onde morava, com uns 5 anos. Disputou campeonatos por lá e com 10 anos seu pai o levou pra fazer uma peneira no São Paulo. Lucas foi aprovado. Jogou por um ano no clube paulistano e depois teve passagem por outros clubes. Foram dois anos no São Caetano, mais cinco no Mercedes e um ano no Juventus. Em 2018, ele foi para a Magnus Futsal, onde está hoje.
A primeira convocação para a Seleção Brasileira foi na base do Sub-20, em 2018 para disputar a final da Liga Sul-americana contra Argentina
Pela seleção principal, a estreia foi em 2022 para os dois amistosos contra o Japão.
Pito: O nome completo é Jean Pierre Guisel Costa. Ele nasceu em Chapecó, Santa Catarina, e tem 32 anos. Às vésperas da estreia do Brasil na Copa do Mundo de Futsal 2024, o camisa 10 da Seleção Brasileira foi eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo pela Futsal Planet, principal premiação individual do esporte e com chancela da Fifa.
O início de sua carreira no futsal foi no Criciúma e teve passagens por Pinhalzinho, Concórdia e Carlos Barbosa (RS). Foi neste último que se destacou e recebeu propostas para atuar no futsal espanhol. Pito jogou três temporadas pelo El Pozo de Murcia, na Espanha, e uma pelo Inter Movistar até chegar no Barcelona em 2021, atual clube.
Com a Seleção Brasileira, sua primeira grande conquista veio em fevereiro deste ano, quando foi campeão pela Copa América de Futsal depois de derrotar a seleção argentina por 2 a 0. O pivô foi um dos responsáveis por balançar as redes a favor da Seleção Brasileira, ao lado de Rafa Silva.
Felipe Valério: Nasceu em Suzano, na Grande São Paulo, mas foi criado no Itaim Paulista, extremo leste da capital. O que motivou Felipe Valério a começar a sua trajetória no Futsal foi um convite insistente do seu irmão, Rafael Valério. Felipe tinha apenas cinco anos e gostava mesmo de empinar pipas, mas seu irmão acreditava que ele deveria investir no futsal e em ter um diferencial. Passavam horas jogando na quadra perto de casa. Foram as quadras da comunidade que formaram Felipe como jogador de futsal.
No início da carreira passou por Grêmio Mogiano, de Mogi das Cruzes. No entanto, a virada em sua carreira veio quando ingressou no Carlos Barbosa, clube do Rio Grande do Sul, referência na modalidade, onde ficou por quatro anos. Em 2018, o ala se transferiu para o El Pozo Murcia (ESP), clube que está há sete anos.
A trajetória de Felipe ganhou um marco importante em 2017, quando recebeu uma convocação inesperada para a Seleção Brasileira. Foi convocado para as despedidas de Falcão e para a Copa América. Antes do Mundial no domingo, ele conquistou dois títulos da Copa América com a Seleção Brasileira, em 2017 e mais recentemente no Paraguai, neste ano.
Ferrão: O craque herdou o apelido do pai. Aos 34 anos, Carlos Vagner Gularte Filho, nasceu em Chapecó, e foi eleito o melhor jogador de futsal do mundo em três anos consecutivos: 2019, 2020 e 2021. Antes de chegar ao Semey, clube do Cazaquistão na temporada 2024, Ferrão teve passagens marcantes pela Rússia e Espanha.
Ferrão iniciou sua trajetória no futsal no clube CRC (Clube Recreativo Chapecoense), que guarda no coração como clube da infância.
Entre passagens pelas categorias de base e quase três anos no time principal, o pivô jogou por Palmitos, Joinville, Atlântico Erechim, Cortiana/UCS e Norte Catarinense. Recebeu uma proposta do Clube russo MFK Tyumen em 2011 e permaneceu lá até 2014. Em 2014/15, Ferrão foi contratado pelo Barcelona, onde fez história na Europa. Permaneceu por 10 anos. Com a equipe catalã, o jogador acumulou 23 títulos durante sua passagem pelo futsal espanhol.
A primeira convocação para Seleção Brasileira foi em 2009. Nesses 15 anos disputou a segunda Copa do Mundo na carreira e .se sagrou campeão ao marcar o primeiro gol da decisão.
Dyego: Melhor jogador da Copa do Mundo, ele começou a jogar futsal na pequena cidade de Santa Catarina, Palmitos, onde nasceu. O atual capitão da Seleção Brasileira de Futsal, começou jogando nas quadras que tinham na cidade na época. Aos 12 anos, Dyego ingressou na escolinha de futsal local, onde começou a se destacar. Aos 15 anos, decidiu se mudar para Chapecó (SC), uma cidade vizinha, para buscar novas oportunidades. Assim foi para o São Miguel do Oeste. Aos 17 anos, ele já estava competindo no campeonato estadual de Santa Catarina.
Sua carreira deu um salto significativo aos 18 anos, quando estreou na Liga Nacional com a equipe John Deere, do Rio Grande do Sul e foi para o Barcelona. No clube catalão, ele encontrou estabilidade e está há 11 anos.
Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira foi em 2010, e desde então ele tem sido uma peça-chave para o time. Nesses 14 anos de Seleção, Dyego tem 55 jogos, 11 gols e três Copas do Mundo no currículo, além das conquistas da Copa das Nações de Futsal em 2013, a Copa América de Futsal em 2024 e o Grand Prix de Futsal em 2013.