Oposição sinaliza para mudança de estratégia em Campina
A semana que passou foi marcada por três fatos importantes para a política de Campina Grande. Um olhar desatento pode até não perceber ligações, mas eles sinalizam para a possibilidade de uma mudança na estratégia da oposição na cidade.
O primeiro ato foi o anúncio feito pela Executiva Nacional do PT de apoiar a pré-candidatura do médico Jhony Bezerra, do PSB – mesmo a federação ‘Fé Brasil da Esperança’ tendo um pré-candidato, o deputado Inácio Falcão (PC do B).
Dias depois o PP, do ex-prefeito Enivaldo Ribeiro, reafirmou apoio à ex-secretária Rosália Lucas, do PSD. Os dois partidos fazem parte do mesmo agrupamento familiar, mas o gesto foi simbólico.
Fala-se que Rosália poderia vir a ser candidata à vice-prefeita na chapa de Falcão.
E um terceiro movimento: a presença da presidenta nacional do PC do B em Campina ontem para reafirmar apoio a Falcão.
As movimentações demonstram que os oposicionistas decidiram não esperar mais, somente, a decisão do ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos). Irão tentar caminhar com as próprias pernas.
E, para isso, diante de um possível cenário sem Romero, em que não haveria grandes puxadores de voto, a tática de pulverizar candidaturas pode ser mais inteligente e eficaz que manter um único nome. A estratégia poderia provocar um segundo turno entre uma das candidaturas e o prefeito Bruno Cunha Lima (UB).
Algo que foi tentado em 2020, com a ex-secretária Ana Cláudia Vital e Inácio Falcão. E também em 2016, quando o senador Veneziano Vital (MDB) e o presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), perderam para Romero já no primeiro turno.
Se Romero não for, a tendência é a oposição em Campina partir com mais de um nome. Possivelmente três: Jhony Bezerra, Inácio Falcão e André Ribeiro. Os sinais para a escolha de uma pulverização estão evidentes.